ANALISE DA AÇÃO ANTIBACTERIANA DA PRÓPOLIS E PADRONIZAÇÃO DE VOLUMES ATRAVÉS DE ANTIBIOGRAMA

Thaís Vendramini Magalhães, Rômulo Francis Estangari Lot, Carlo Rossi Del Carratore

Resumo


Própolis, resina natural produzida pelas abelhas, é utilizada desde a antigüidade para o tratamento de muitas doenças, principalmente os processos inflamatórios. Com o avanço das medicinas naturais, têm-se direcionado um interesse cada vez maior para a própolis, testando suas propriedades antibacteríanas, cicatrizantes, anestésica e anti-inflamatória. A própolis é elaborada pelas abelhas que coletam a matéría-príma de diversas partes das plantas como brotos, cascas e exsudatos de árvores, transformando-as dentro da colmeia pela adição de secreções salivares e cera. De acordo com os trabalhos realizados atualmente, a própolis mostrou-se positiva para a reorganização tecidual em nível superficial e ação antiinflamatória, assim como ação antibacteriana, que é a mais investigada. As amostras de própolis que contém alto teor de flavonoides são relatadas por apresentarem atividade antimicrobiana, podendo haver um sinergismo entre os flavonoides e outros agentes bacterianos. Foram utilizados discos estéreis de antibiograma, contendo própolis sem álcool, com álcool a 30%, e um grupo controle utilizando apenas álcool a 30% em placas de petrí com meio Mueller-Hinton. Bactérias do gênero Staphylococcus, Estreptococcus, Escherichia coli e Salmonella, foram semeadas e cultivadas em ágar Sangue, ágar MacConkey, ágar Eosina Azul de Metileno e ágar Verde Brilhante respectivamente. Retirou-se, com alça de platina, uma colônia isolada de cada bactéria que foi transferida para um tubo de ensaio contendo ágar Nutriente (BHI). Os tubos foram incubados em estufa a 37®C por 24-48 horas. Após o crescimento das respectivas bactérias, semeou-se na placa contendo ágar MuellerHinton juntamente com o disco estéríl para antibiograma contendo a própolis no centro da placa. Foram feitos testes com discos embebidos na própolis, outros com 20, 40 e 60 microlitros, utilizando pipetas graduadas, de ambas as própolis: com álcool e sem álcool. A própolis sem álcool demonstrou atividade antibacteriana com 60 microlitros e embebida no disco estéril de antibiograma, já a própolis alcoólica inibiu o crescimento bacteriano em todas as proporções demonstrando halo de inibição maior em torno do disco de acordo com o aumento do volume. Paralelamente, a utilização de solução alcoólica a 30% livre de extrato e própolis não demonstrou efeito antimicrobiano nos agentes avaliados. Desse modo, a própolis atua na inibição do crescimento de bactérias comensais gram-positivas e gramnegativas, sendo o álcool, um potencializador do efeito antimicrobiano.


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